PAULO AFONSO – Todo ritual da santa missa com a posse de Padre José Raimundo, nesta sexta-feira 28, como novo pároco da Catedral de Nossa Senhora de Fátima, foi acompanhado pela assembleia com muita atenção, numa igreja repleta, o silencio entre o a renovação das promessas sacerdotais, o juramento de fidelidade e a entrega dos símbolos e objetos litúrgicos só eram interrompidos por efusivos aplausos e por motivos bem claros: estavam ali os fiéis que ele deixara, em Macururé, e aqueles que o esperavam desde o seu anúncio no final de março, pelo bispo dom Guido.
Padre José Raimundo foi recebido com muito amor pelos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima, e pelos padres da Forania I, que serão seus colegas mais próximos e concelebraram: Padre Ednaldo [São Francisco de Assis], Padre Gilmar [Perpétuo Socorro], Padre Luiz Tibúrcio [Centenário], Padre Miguel [Sagrada Família] e Padre Marcílio [Glória], que cerimoniou.
O bispo começou sua homilia lembrando que o Padre é ordenado à serviço da Igreja: “Hoje também é uma feliz consciência a posse do Padre José Raimundo porque a celebramos justamente no dia do Sagrado Coração de Jesus que é também o dia de oração pela santificação dos sacerdotes e dos bispos; devemos ser gratos porque somos escolhidos, é uma escolha de Deus, nenhum de nós tem um método particular para ser escolhido, Jeremias falava que ‘desde o ventre de minha mãe’ então se formos pensar em nossa missão trememos, porque fomos escolhidos para deixar vivo o eterno, através da nossa fragilidade humana, somo chamados para tornar presente e oferecer o mundo inteiro o eterno.”
A escolha de Pedro, segue dom Guido, veio a partir de uma experiência negativa: “Ele não tinha pescado nada, e Jesus pega o que é limitado, o finito, para dizer “Tua consistência sou eu, a minha presença é o que torna grande a tua vida.”
A tradição e a unidade
Neste ponto, dom Guido lembrou que Padre José Raimundo toma possa de uma paróquia que começou desde muito, que pela Catedral passaram muitos padres e bispos, e que está dentro que uma história.
“Pessoas e carismas diferentes, mas que mantendo ações e sentimentos profundos, procuram viver a unidade, manifestam visivelmente que nenhum aqui é maior ou melhor que o outro, por isso fazer parte da tradição da igreja é tornar presente, de forma criativa e viva Jesus Cristo, que não é alguém do passado, que não está em cima das nuvens, e não é somente aquele que um virá reunir todo mundo, se Cristo não estive presente hoje, em nosso dia a dia, nada interessaria mais a ninguém. Hoje todo mundo está cansado de discurso, a doutrina por si mesma não muda o coração de ninguém, se a palavra não vir acompanhada de testemunho, ninguém é tocado. Por isso participar da tradição é entrar nessa unidade, nessa comunhão, é dizer que ‘eu faço parte de algo maior do que eu’; a unidade quer dizer: o que eu celebro e proclamo não é meu, aquilo que eu recebi eu transmito. Por isso Padre José Raimundo, valorize, favoreça a participação dos leigos e a unidade como graças a Deus vivemos aqui.”
Dom Guido terminou a homilia, lembrando que o sacerdote não pode ter medo de compartilhar, alimentado pela eucaristia, a vida com os mais pobres: “Alimentados por Cristo somos chamados a sair, a ver e acolher quem sofre mais; com a nossa caridade, que é a caridade de Cristo, fazê-lo se encontrar com àquele irmão e àquela irmã. a Catedral, Padre Raimundo, o você conhece, é muito disponível em fazer caridade.”
O bispo ainda brincou com o padre, natural de Cícero Dantas, cuja a padroeira é Nossa Senhora do Bom Conselho, que agora ele terá que amar outra santa. “Sei que é devoto dela, mas agora ame também Nossa Senhora de Fátima, porque ela é a nossa mãe, deixe que ela que é mãe da igreja também, possa sempre alimentar em nós aquela prontidão, quando ela apressadamente foi visitar Isabel, que a tua presença aqui, Padre Raimundo, possa favorecer a unidade mais entre nós.”