Com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, na Diocese de Paulo Afonso, no dia 11 de novembro, a equipe sinodal diocesana apresenta os principais pontos do Sínodo dos Bispos aos sacerdotes, no Centro Diocesano Dom Mário Zanetta, em Glória – BA.
A equipe diocesana de preparação do Sínodo, composta pelo Pe. Jailton (Paróquia de São João Batista, Rodelas – BA) e Pe. Jeferson Pereira (Paróquia de Santo Antônio, Canudos – BA) e demais membros que compõe as pastorais e movimentos na Diocese, reuniram-se nesta última quinta-feira (11), juntamente com a presença de Dom Guido Zendron (Bispo diocesano), e todos os sacerdotes, com o proposito de apresentar as três principais chaves para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão. Os padres presentes, conheceram os objetivos e motivações para o processo sinodal.
Pe. Jailton, inicia a apresentação do Sínodo ao clero diocesano, relembrando a fala do Papa Francisco que dizia: “Um Cardeal comentou, que os cardeais tinham receio de dizer, o que pensavam, pois não sabiam qual seria a reação do sumo Pontífice”. Em seu comentário sobre os objetivos deste Sínodo, o Padre destaca que este processo sinodal não será formular um documento final, mas definir um caminho que deve ser trilhado por toda à Igreja.”Dentro deste contexto, nós não iremos ter um documento pronto, que alguém irá trazer de fora, e logo após começaremos a ler, estudar e pensar no que as pessoas estão pensando sobre a Igreja. Pela primeira vez, o documento sairá pela a Base. Este Sínodo não irá ser elaborado com ideias ou propostas prontas, é um Sínodo de escuta. O processo sinodal nada mais é do que uma abertura a escuta do Espírito Santo que fala a partir da realidade da Igreja”, Explicou.
Pe. Jeferson Pereira, em sua reflexão sobre “Comunhão”, diz que a sinodalidade é de fato uma experiência de Deus que caminha conosco, sendo a comunhão uma relação, “É a imagem da Trindade que ilumina o caminho, um Deus que é a comunhão perfeita, onde não existe o mais importante, um mediano e/ou um mais fraco, mas uma Trindade que compõe esta comunhão perfeita, sem hierarquias”. O Padre esclarece que todos são chamados a superar as falsas ideias de comunhão, que nos induz a parcialidade, escolhendo apenas uma parte, uma autoidentificação destrutiva.
Dirceane Pereira (Pastoral Familiar), partilha que a “Participação” não é apenas está de corpo presente, mas se envolver de fato, com coração, fazendo-se participativo em suas ações. “Nesta participação, não iremos definir ou impor algo, mas ajudar as pessoas a dizerem o que está dentro do coração delas, o que elas esperam de nós”, Explicou.
Larissa Silva (Consagrada da Comunidade Obra de Maria), em sua fala sobre “Missão”, lembra que desde o Batismo, somos todos chamados a ser missiónarios, e fazer Jesus Cristo conhecido e amado. “A Igreja existe para Evangelizar, somos todos discípulos e missionários; discípulos que param e escutam e missionários que vão e levam esta escuta”. Larissa, destaca que precisamos sair e ir ao encontro das pessoas que não conhecem o Evangelho, e principalmente reevangelizar aqueles que acham que já foram evangelizados; “Muitos dos missionários, propagam um evangelho que não é de Cristo, não sendo uma verdade que liberta; o desafio é mostrar o verdadeiro Evangelho de Cristo, que talvez passou pela a cabeça das pessoas, de forma diferente”, destacou.
Dom Guido, conclui este momento, sugerindo ao clero, para irem ao encontro das pessoas, com as equipes do sínodo nas Paróquias, utilizando métodos que facilitem e ao mesmo tempo aja uma organização, para que todas as pessoas de suas diferentes situações, instituições e culturas possam de fato serem todas ouvidas. Ao exemplo de como ocorrem as novenas dos padroeiros(as) nas Paróquias, o Bispo, salienta a forma na qual é organizada cada noite de novenário, tendo uma determinada instituição sendo representada. A este exemplo, seria feito um cronograma no qual em cada dia, a escuta e caminhada sinodal, seria dedicada e planejada a ir ao encontro de um determinado grupo de pessoas ou instituição.
Por Robson Oliveira / Pastoral da Comunicação / Diocese de Paulo Afonso – BA