RELATO HISTÓRICO
Segundo trechos da carta do Padre Januário José de Sousa Pereira, do dia 29 de dezembro de 1757, toda essa região cresceu sob o olhar da vida religiosa existente em Jeremoabo, que teve até o ano de 1718, como intercessora, Nossa Senhora das Brotas, atestada na carta, como devoção do povo, inclusive com a sua igreja feita, também, pela população e seus recursos. Somente a partir de 1718, Jeremoabo caminhará tendo o padroeiro São João Batista e por bons anos a sua Igreja matriz foi a velha Capela de Nossa Senhora das Brotas. A vida religiosa de Jeremoabo, foi alimentada pela visão, opção e dinâmica da própria Paróquia de São João Batista, o que se estendeu aos diversos setores da vida da sua população.
Sob o olhar da Igreja de Jeremoabo os séculos se foram, os negros – à força ou ludibriados – foram trazidos e os índios (Mugurús e Cariacás) foram aviltados e dizimados. Coube a Igreja, por meio de seus missionários homens e mulheres, casados e solteiros, padres e freiras – que deixaram seus projetos pessoais, para apresentar Jesus Cristo a essas três culturas em conflito, que continua mascarada nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, assistindo toda a região incentivando e, em outros casos testemunhando, o surgimento de novos municípios, instalação de novas paróquias e de abrigar as reuniões de preparação para a criação da nova Diocese de Nossa Senhora de Fátima, há quarenta e três anos atrás.
A Paróquia de Jeremoabo, hoje com seus aproximadamente 37 mil habitantes e seus 4.800 km2, vive o desafio para atender a suas pequenas comunidades e pontos de celebrações, que somam por volta de cem. Sobretudo, em um tempo em que a televisão destruiu, de forma violenta e veloz, as fronteiras entre área urbana e rural, deixando o seu povo atordoado. Após o Monsenhor Francisco Magalhães, os párocos que o sucederam foram: Padre Aldo Pimentel e Padre José Ramos Neves, atual.