19 de abril de 2024
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A Paróquia São Francisco parabeniza a Diocese de Paulo Afonso, que comemora os 50 anos de sua criação

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A Paróquia São Francisco parabeniza a Diocese de Paulo Afonso, que comemora os 50 anos de sua criação. Trazemos aqui, para o leitor, alguns fatos relevantes retirados do livro de tombo da Paróquia.

A história da Igreja de São Francisco de Assis em Paulo Afonso se mistura à história de criação da Diocese. No começo dos anos 1950, foi inaugurada a primeira igreja católica da cidade, a capela de São Francisco de Assis, construída no acampamento Chesf, para atender aos católicos que passaram a morar no distrito de Paulo Afonso por conta da construção das usinas. Em 1953 chegou nestas terras o Pe. João Evangelista de Carvalho, recém ordenado e designado pelo então Bispo de Bonfim, D. José Alves de Sá Trindade, a qual pertencia essa região (a Diocese de Paulo Afonso ainda não tinha sido criada) para ser o capelão da Chesf.

 

A visita da imagem Peregrina de Fátima

 

Pe. João Evangelista, antes mesmo de vir em definitivo para Paulo Afonso, esteve entre os dias 26 e 28 de agosto de 1952 atendendo confissões, quando da visita de N. Senhora de Fátima, Peregrina Mundial, a Paulo Afonso. Ele relata anos mais tarde no livro de tombo da Paróquia o quão foi trabalhoso esses 3 dias. Não havia ainda a Igreja de Fátima. O altar para N. Senhora fora erigido na praça que servia à feira no acampamento Chesf, onde na época era o mercado, hoje UNEB. Era uma multidão imensa, a rezar à Virgem, dia e noite. A imagem sagrada visitou todas as obras da Chesf, até nos túneis onde os pobres operários, encarregados e engenheiros permaneciam em trabalhos que não paravam um só momento. De Paulo Afonso, a imagem seguiu para a cidade de Glória, depois Jeremoabo e de regresso passou por Santa Brígida.

 

A construção da Igreja de Nossa Senhora de Fátima

 

Pe. João viu a necessidade de se construir outra Igreja, pois a capela de São Francisco já estava pequena para abrigar os fieis e por conta de sua caraterística arquitetônica não havia como ser ampliada. Era necessário um templo maior que coubesse mais pessoas, haja vista o crescimento dos católicos em Paulo Afonso com o avanço das obras da Chesf. Então, em 16 de janeiro de 1955 foi inaugurada, completamente pronta, um dia após a inauguração da primeira usina hidrelétrica da Chesf. Estiveram presentes o Sr. Bispo da diocese, D. José Alves de Sá Trindade, o Mons. Magalhães e Sousa, vigário de Jeremoabo, diversas autoridades, entre eles o presidente da Chesf, o Dr. Antônio José Alves de Souza e uma multidão de fieis. Pe. João conta que o Mons. Magalhães começou uma pregação muito longa, e o senhor bispo benzeu a Igreja, começando muito depois e ainda esperou muito pelo fim da pregação a fim de dar por terminada a cerimônia.

 

As Santas Missões

 

Nesta época era costume acontecer periodicamente as santas missões – evento este que reunia os fieis e tinha a presença de padres e frades missionários que, durante alguns dias, numa localidade determinada, faziam pregações, atendiam confissões e motivavam o povo de Deus a continuarem firmes na fé. Pe. João relatou no livro de tombo da paróquia que “em 24 de agosto de 1957 iniciou-se a Santa Missão, pregada pelo célebre e santificado Frei Damião de Bozzano, grande missionário frade capuchinho que andava pregando por todo o nordeste. Nesta missão vieram o Frei Damião e seu co-irmão; Mons. Magalhães e Sousa; 2 frades carmelitas descalços (mas usavam sapatos!); o Vigário de União dos Palmares – Alagoas e o senhor Bispo Diocesano de Bonfim, Dom Antônio de Mendonça Monteiro. Houve 15.151 comunhões, 100 e tantos casamentos (todos com o Mons. Magalhães – vigário que morava em Jeremoabo) e muitas conversões. Houve 3.150 crismas, todas feitas pelo sr. Bispo Diocesano. O local da missão foi a praça do Coreto, acampamento Chesf.

 

O trabalho do Pe. João Evangelista na criação da Diocese de Paulo Afonso

 

Pe. João Evangelista foi capelão da Capela de São Francisco de Assis no Acampamento Chesf no período de 1º de janeiro de 1953 a 02 de maio de 1959. No dia 03 de maio de 1959, tomou posse como o primeiro vigário da Paróquia São Francisco de Assis, que fora criada em razão da emancipação política de Paulo Afonso, que na época já tinha 18 mil habitantes. A paróquia tinha os mesmos limites do recém criado município, desmembrado da antiga cidade de Glória, desvinculando-se também a nova paróquia da freguesia de Glória. Pe. João atuou em Paulo Afonso por 10 anos, sendo transferido para a freguesia de Paripiranga em 1963. Pe. Expedito Mota torna-se o novo vigário da Paróquia São Francisco de Assis. Em julho de 1967, retornou à Paulo Afonso a fim de dar início à organização administrativa para a criação da Diocese de Paulo Afonso. Foram anos intensos para angariar fundos e adquirir bens a fim de prover o necessário para a nova Diocese. Nos anos seguintes, chegam diversos padres para auxiliá-lo, dentre eles: Pe. Alcides Modesto, que se torna o novo vigário da Paróquia São Francisco em 1968; Pe. Lourenço Tori e Pe. Mario Zanetta que chegam em 1969. Em 14 de setembro de 1971 o Papa Paulo VI cria definitivamente a Diocese de Paulo Afonso, conforme consta na bula papal, vindo a ser seu primeiro bispo, Dom Jackson Berenguer Prado. A igreja de Nossa Senhora de Fátima, passa então, a ser a Catedral da Nova Diocese.

 

 

 

Por Jardel Menezes, da Pascom Paróquia São Francisco de Assis, Paulo Afonso (BA)

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